Finalmente Rainha



Na complacência do astros celestes, aqueles que não são eternos, mas por vezes errantes, irrompem das suas trajectórias e destronam o silêncio da monotonia. Será a coragem do universo a ditar o momento. Explosões e mortes acontecerão. Uma nova ordem nasce. Figuras aladas darão à luz novos seres porque a vida reclama sempre o seu título, eterna e silenciosa, rainha. Fome de tudo, caçadora rápida e voraz, tomará o horizonte de assalto num outro ponto de fuga, estranho improvável, fugaz. As raízes de um trono antigo esperam-na desde o início do mundo. Sem grilhões, ampla e maior que a prisão do pensamento, a vida é a violação do céu, sem pecado nem lei ou órbita e insistirá no direito à permanência. Fará escravos de si o átomo, o universo e o espaço que os separa, antes, agora e depois, coroada, finalmente rainha.

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