Mensagens

A mostrar mensagens de 2013

A guerra dos vencidos

Quanto tempo falta até ao próximo vencido? Até que o próximo selvagem a casa retorne? De joelhos em súplica.

robert palmer: johnny and mary

Johnny's always runnin' around Tryin' to find certainty He needs all the world to confirm That he ain't lonely Mary counts the walls Knows he tires easily Johnny thinks the world would be right If it could buy the truth from him Mary says "He changes his mind more than a woman" But she made her bed Even when the chance was slim Johnny says, "He's willing to learn When he decides, he's a fool" Johnny says' "He'll live anywhere When he earns to time" Mary combs her hair Says, "She should be used to it" Mary always hedges her bets She never knows what to think She says that he still acts Like he is bein' discovered Scared that he'll be caught Without a second thought runnin' around Johnny feels he's wasting his breath Tryin' to talk sense to her Mary says, "He's lackin' a real Sense of proportion" So she combs her hair Knows he tires easily Johnny's always runnin&#

Isis e o seu tesouro

Imagem
Pois onde estiver o teu tesouro   também aí estará o teu coração. Ela chama-se Isis e trocou a loucura dos dias por um dia em liberdade.

Robert Gabriel Kramer

Imagem
  Nome: Robert Gabriel Kramer (Bob para os amigos, eu chamo-lhe Bob, mas eu sou uma grande amiga dele, sublinhe-se já .) Iniciou a sua actividade nos lendários estúdios da BBC nos idos anos 60 até se aposentar há sete anos atrás. Este senhor, de semblante aparentemente simples e digamos mesmo, bonacheirão, tem um dom que ainda ninguém sabe muito bem qual é. Sabe-se, no entanto, que é detentor de mais de 27 patentes relacionadas com a aplicação de transístores MOSFET. Fez uma fortuna brutal com isso e podia ter construído um império de transístores em que ele teria sido o rei, mas continuou um subordinado nos lendários estúdios da BBC. É um senhor discreto mas perspicaz e sabia do que teria de abdicar. Isto, suspeito eu que esteja relacionado com Maude, sua mulher, hippie de formação. Nasceu em Stanford Rivers, Reino Unido, a 26 de Novembro de 1942. É casado e feliz com sua mulher e tem com ela uma filha chamada Patricia, publicitária de profissão, presentemente nos EUA. Pat

killer instinct: the instinct

killer song. nostalgia kicks in, your guts. by Robin Beanland .

No Canto Rasgado

Imagem
Não há saída por aí. Esqueceram-se de afixar um sinal que indique que é um beco sem retorno. As almas mais desnorteadas perguntam muitas vezes que caminho devem tomar. Marcha atrás, sempre atrás. Pode ir. Pode ir. À vontade. Mas custa ter essa liberdade. Se me pergunta se por acaso o ocaso desse lado descansa? Eu respondo-lhe que sim. Descanse, não o tempo que quiser, apenas o tempo de uma noite. Tempo apenas esse que deve descansar. O dia chama todos os dias por si, sem o senhor saber. E depois ainda se vira com sobranceria e diz: já que acordou comece a viver. Mas no fim de tudo, antes de adormecer, o traçado do percurso cabe-lhe a si. Mas não é por acaso que o meu veículo está estacionado no canto do seu mapa mais rasgado. Queria precisamente dizer-lhe que   às vezes tudo parece converg ir para al i . E aí convém relembrar-lhe , tendo sempre a bondade de respeitar a sua liberdade , de que não há saída por aí.

És Marselha

Imagem
És Marselha ao entardecer. Pirata escondido no lodo do cais. E entre tripulações atribuladas, tu és aquele que está sempre a mais. Tu és Babel, e as mil línguas faladas desde o começo do fim do mundo. És eu quando eu sou tu. E se eu sou dente-de-sabre, tu és o meu golpe mais fundo. Vives atrás de cada esquina que eu esqueci e deixei para trás. Pirata de brinco de pérola tesouro escondido de infância, voo elegante de garça, sono e paz de criança. És rasgo em céu incerto , gato em bair ro deserto. E num extenso imenso refúgio, subterfúgio de bandidos, numa casa soterrada de luar, és farol distante que ilumina o porto de abrigo dos sem-lei. Trazes contigo alfazema e maresia, ontem não sabia o teu nome mas hoje chamo-te Alexandria.

Montesquieu no Jardim

As searas daquele quadro de Van Gogh não haviam sido ceifadas há séculos e as paisagens de Turner apresentavam-se tão nítidas agora como as pinceladas de um quadro maluco de Pollock. Montesquieu ficou pensático… pensativo? Naquele instante as palavras interessavam-lhe pouco, queria ser, acima de tudo, verdadeiro e as palavras pesavam-lhe: eram um fardo e um empecilho. Mas seria aquilo de facto um quadro? Não lhe tinham dito que o jardim de infância lhe daria todas as ferramentas para poder saber distinguir o certo do errado? Subiu as escadas até ao quarto. E afinal era o quarto errado. Eram umas escadas de uma beleza estonteante, uma beleza que só se via em sonhos. Montesquieu lembrou-se de Hegel e talvez do labirinto que fosse a sua cabeça. Pensou que talvez também ele tivesse sido seu colega naquele jardim de infância, deveras muito labiríntico. E depois lembrou-se de Van Gogh: a voz que ninguém ouve só pode ser fruto de um aparelho defeituoso — a orelha. Ora toca e ele arranca-a

Akira OST: exodus from the underground fortress

by Geinoh Yamashirogumi. Akira's soundtrack is !!!..!!! :=):=):=) ...!!.

O Menino e o Palhaço

Alguém deixou de limpar as janelas daquela casa  há muito tempo. Alguém trocou os vidros daquela casa  por grades de ferro que agora enferrujaram. Menino faz aritmética ao frio  por causa da avó que o mandou para as obras acartar tijolos enquanto faz sopa de cimento. E nos tapetes rolantes ele engraça com o palhaço triste que num elevador morto vive e que faz truques com baralhos de cartas sujos e absurdos. E os reis e os pajens já há muito que deixaram de fazer a barba e parecem uns mendigos, e as rainhas que envelheceram ao frio, e os cabelos delas caíram precocemente. O palhaço queria um baralho novo, brilhante, de plástico, que durasse a sua eternidade. Seria o seu tesouro. O menino que faz aritmética com giz e ardósia preta distrai-se e acaba a jogar à bisca com ele e deixa-o ganhar porque tem pena. A sopa de cimento já está a ferver, estão os dois com fome, juntos e agora, no meio do fumo e do frio vão finalmente comer.

Parkour

hey mate, will you be able to handle the perils that threaten thrill seeking souls? will you be able to skid on the edge of chance? will you be able to capacitate yourself that all you said was concrete and solid? and that you did actually walk upon those words with honour until they broke them into pieces of shattered meaning. but all they demand of you is that you break the deadlock with charm and elegance. hey mate, you're beaten and down by law and still hold your head up high. but they'll take you when you're sleeping in bed at night, masters of the art of displacement. next you're playing chess in a court against yourself, talking about the weather. but you had your intentions, and your faith. you walked and jumped on top of their skyscrapers, and you did it with style and groove and you didn't bother to look down. but the law is ever above and now you are under, checkmate, talking things about the weather.

Turandokht

Imagem
There is a particular richness of musical invention in Puccini’s Turandot, but richer still is the variety of ways in which the old tale of the ‘ice princess’ has been used throughout the centuries. In fact, few subjects have inspired so many theatrical interpretations, ranging from the commedia dell’arte of the 18th century to the 20th century’s Theatre of the Absurd. Of the twelve operas that have been written about Turandot (thirteen if one counts a vaudeville of 1729), no fewer than six were composed during Puccini’s lifetime. His is the only version still performed on a regular basis. In the Near East, the story has been known for close on a thousand years, and even today, folk-tales persist in the Iranian region about an irresistible princess of China and her potentially fatal challenges to unwanted suitors. Turandot (Turan-doxt, Turandoct, Tourandocte or Turandokht) is a Persian name meaning ‘the daughter of Turan’ - Turan being the Persian name for Central Asia. Persia

os terrenos baldios

 Tudo quer rebentar com ela. Zum! Como abelhas que constroem castelos dentro dos ouvidos. Zum! Zum! E que não param. Zum! E que vivem e que andam de um lado para o outro dentro dela e que lhe sugam o mel e que não a deixam dormir. Não! É um comboio que lhe atravessa as veias e que se esquece de parar nos apeadeiros das horas arredondadas. Zum! É o vapor da turbina que lhe enche os pulmões e que não a deixa respirar e que a sufoca e as rodas que não param, nunca! Zum! É o constante andamento de um motor que não é o dela. Sem parar. Lá vai aquele comboio e ela torce-se de medo porque a noite é longa. A noite é longa. Mas não! É um monstro. É um monstro que vive lá dentro e que lhe torce as pernas e os braços e que faz assim: Crack! Assim, sem doer. Mas não dói. Porque dói, porque dói. Mas ninguém vê. É sempre véspera de alguma coisa. Que dói. Um vazio de sensação que antecipa a dor de não saber o que vem a seguir no coração. Crack! Outra vez! Abre os olhos e ela não vê nada. Crack! Abe

panopticon

Imagem
Morals reformed— health preserved — industry invigorated — instruction diffused — public burthens lightened — Economy seated, as it were, upon a rock — the gordian knot of the poor-law not cut, but untied — all by a simple idea in Architecture! — Jeremy Bentham (será da minha visão? será uma ilusão óptica? ou esta imagem do panopticon parece que está ligeiramente torta? — pergunta retórica.)