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Agosto de dor

Agosto de dor   Longe ela vem e desmaia Certa de que só e triste A esperam na areia  Morna e suave Da praia  Agosto de dor   O sol já não queima O vento amaina A maré distante Abraça-a agora Entre as estrelas da noite Ela paira

Delito

 Vivo mil anos a tua cara e nela tenho gravada o teu grito Sou pedra rochedo o teu segredo sou regra credo e o teu medo Fixei o instante da tua angústia nesta prisão de pedra Sou a estátua da perfeição que a lei de tudo quebra e agora em todo o lado existo feita de crime e delito O meu maior foi ter-te a ti  Aqui onde estou sou perigo Sou perigo.