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Extracto do diário da Drª Beffy Santiago

Mais um dia para esquecer. Tenho pilhas de Direito Económico a amontoarem-se na minha secretária, estou com umas dores de cabeça horríveis. E.. o meu contacto na Randolph&Drone resolveu perder o Blackberry logo hoje!! E depois delegam sempre tudo em mim, claro ...porque é solteira, porque não tem filhos, porque isto e aquilo e aquele outro. Onde raio me fui meter, "Dá à Beffy, que ela trata" - Se o cretino do Baltasar entrar no meu gabinete amanhã de manhã a perguntar se conseguimos o cliente, eu juro que lhe atiro com os Decretos-Lei e a inteira Regulação do Mercado à cara. A Lara do Salão diz que me ando a desleixar, pudera..! tenho lá eu tempo para ir arranjar o cabelo e as unhas. Como se alguém notasse, pff. Burra de carga, Beffy! Burra de carga! Diz que desde o divórcio ...bolas, quatro anos como passam. Enfim, a Lara tem razão. Isto não pode continuar. Espera só para veres, Baltasar: acho que a Randolph&Drone se vai cortar. O quê? Eu? Eu vou sair mais cedo Bal...

Extracto do diário do poeta/escritor Jaquelino Bragão Travassos

Que a terra húmida, como ventre primordial me acolha de novo neste vendaval silencioso em que me encontro, ò eterna paz e revolução da juventude, vós sumistes tal como a luz que agora vejo, coada pelos vitrais desta catedral a que o povo chama velhice. Tudo é neblina e já não vejo o sangue pulsar-me nas veias nem o ímpeto do jovem que eu era. A miudagem é a força, o bulício da brincadeira, o murmúrio constante de um riacho que corre e corre e não cansa até que alguém diz pára, chegaste ao mar, agora descansa. Ninguém avisa, não há sinais, corre e escorre a vida por entre vales, rochas, montanhas e barragens que inadvertidamente construímos para nós. Num só sentido corre contra-relógio, para esse eterno retorno à terra que nos viu nascer. Vivo em memórias, enquanto Deus mo permitir. Vivo no pretérito-perfeito quando nada na vida foi perfeito. Tal é a tristeza de envelhecer. Nota: Jaquelino B. Travassos nunca chegou a ultrapassar a barreira do anonimato. Ele também nunca existiu...

europeias '09

O Vital Moreira parece um espantalho!, não consigo olhar para a televisão sem fazer um esforço enorme para não me sair um chorrilho de asneiras contra aquela figura. o Homem fala para dentro. não se ouve o que ele diz! alem disso parece um manequim poeirento de uma boutique de senhores dos anos 40 que ficou esquecido na montra durante décadas. Tire a laca do cabelo, não penteie o bigode! solte o seu lado selvagem! use StudioLine. Quem será o Consultor de Imagem do Vital? Você não fez um bom trabalho. O Paulo Rangel surpreendeu pela positiva. Mas tenho um estranho ..qq coisa.. que ele é capaz de estar muito mais bem cotado no eleitorado feminino. Isto tem a ver com o facto de eu achar que ele seria o perfeito genro para muitas wannabe sogras. E sim, o fato Dick Tracy dos cartazes eventualmente vai capitalizar muito nas urnas. Não estivesse o PSD o pântano que está, o Sr. já podia fazer pontaria às estrelas. O Nuno Melo devia cortar esse cabelo. Você tem ar de betinho. Nem os clientes do...

confissões de um servidor

aqui coitado :((

a velha

Imagem
encontrei esta cara num quadro de um pintor famoso que já não me lembro qual é e copiei-a mas também não tenho paciência para ir procurar a cara da velha e em que quadro está e qual o pintor famoso.

mamãrobot

Mamãrobot é um cristal, Mamãrobot é pedra dura, Mamãrobot veio doutro sítio. Mamãrobot é roupa suja, tábua-de-engomar e alguidar. Mamãrobot está sempre a tropeçar. Mamãrobot veio de muito longe, com um saco preto enfiado na cabeça e uma mala a tira-colo. Parecia um susto! Mamãrobot anda em casa, e tem direcção assistida. Mas está sempre a tropeçar. Às vezes enche-se de ar para não se magoar. Mamãrobot é de um cinzento cromado, ela lava e seca lágrimas sem cobrar. Mas ela própria não pode chorar, porque assim vai enferrujar. Tem que beber óleo preto para funcionar. Coitada Mamãrobot!

a rosa sem senão/refresco de limão

Trazes-me um refresco? Marte e Júpiter esperam por mim, trás e frente são-no ao avesso, Mas isto já não dá nada com nada, E eu morro de solidão. Estou só de Sol ou lá de Lá ou dó de Dor: que não posso sem um desejo de morrer ou desesperar, E fico assim, No abismo abismada, Nem só de Sol ou lá de Lá, só dó de Dor. Ouve o teu respiro, Olha o teu umbigo, Diz-me o que vês e traz-me a solução, De que não, Há Rosas sem senão. E depois deixas-me em paz, Trazes-me um refresco de limão, Porque Marte e Júpiter chamam por mim. E dás-me boleia até ao céu. Ou então não, e eu dou-te um abraço e posso descansar em Paz. Deixa-me em Paz! Quero morrer sozinha, ou então com muitas flores coloridas, Rosas sem senão. Quando me vou embora? Marte e Júpiter esperam por mim. Acho que já estou a voar, Sou uma imbecil. Afoga-te rapariga, Afoga o rapaz também, Tira a coroa ao teu imperador. Maldita Rosa sem flor. Espelho triste, dourado, ò Rei! E a tua coroa de flores mortas. Escuta o teu respiro, Tira-me o sonho...