o piano
Que direito tens tu, ó artista ou mestre
de batuta mágica,
de atirares um piano, assim,
para a noite dos assassinos?
Piano vagueia perdido ao relento
doce e pesaroso de andamento
e chora alegres majestosos
em noites tímidas de lua cheia.
A rapariga compadece-se,
mais ninguém.
Estende-lhe a mão,
e a música que dela virá
não soará mais à violência
do grito solene e estridente,
ou da brusquidão tirana e demente
do artista ou mestre.
A rapariga e o piano
são melodia de pássaros
que fazem um ninho
e que ganham asas
na mais funda e dilacerante
ferida da humanidade
no meio sujo da cidade,
esgoto profundo e escondido
onde as almas tristes habitam
alegres, mas não muito.
de batuta mágica,
de atirares um piano, assim,
para a noite dos assassinos?
Piano vagueia perdido ao relento
doce e pesaroso de andamento
e chora alegres majestosos
em noites tímidas de lua cheia.
A rapariga compadece-se,
mais ninguém.
Estende-lhe a mão,
e a música que dela virá
não soará mais à violência
do grito solene e estridente,
ou da brusquidão tirana e demente
do artista ou mestre.
A rapariga e o piano
são melodia de pássaros
que fazem um ninho
e que ganham asas
na mais funda e dilacerante
ferida da humanidade
no meio sujo da cidade,
esgoto profundo e escondido
onde as almas tristes habitam
alegres, mas não muito.
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